O post de hoje é diferente dos posts que normalmente escrevo aqui no Ninho de Jiripoca, mas na verdade tem tudo a ver com um blog de viagens em família…
Demorei um tempo pra decidir ser mãe… Me dediquei por um bom tempo exclusivamente a minha formação e meus sonhos profissionais, e até cheguei a acreditar, por um bom tempo, que a maternidade não era pra mim…
Inicialmente porque não queria abrir mão da minha realização profissional, do investimento em mim mesmo… E depois, quando mudei de ideia, pela dificuldade pra engravidar…
Mas o tempo passou, e meu momento de ser mãe chegou.
Curiosamente o dia das mães marca também o período em que toda essa fase da maternidade começou, já que as crianças nasceram, bem prematuramente, no dia 20 de maio. Consequentemente esse é sempre um período de avaliação e de muita emoção pra mim. É comemorar a maternidade em dose dupla: pelo Dia das Mães e pelo aniversário das crianças, e do dia em que me tornei, efetivamente, mãe.
Existe um ditado que diz que quando nasce uma criança, nasce uma mãe. E isso foi a mais perfeita verdade pra mim… Eu renasci naquela noite turbulenta. Com muito medo pelo que ocorreria em função de um parto muito prematuro, mas com fé e esperança.
E fui me modificando a partir dai… Na primeira manhã em que fui visitar meus filhos na UTI Neonatal, na primeira vez que toquei em cada um deles na encubadeira, no dia em que o Dr. Nicanor veio nos contar que a cirurgia da Clara, com uma semana de vida, tinha sido um sucesso. Na primeira vez em que, finalmente, pude carrega-los e quando pude amamenta-los, e quando fui buscá-los para levar pra casa, um de cada vez, alguns meses depois.
E fui mudando, novamente e novamente a cada dia, me tornando diferente, aprendendo a ensinar e a aprender, a errar e a acertar, a viver sem ter certeza de estar certa, mas com a certeza de estar dando meu melhor, fazendo o meu melhor.
Aprendendo a viajar em família
E com o tempo fui aprendendo mais e mais a explorar com eles e o quanto é bom ensinar e aprender, mostrar pra eles as diferenças e as semelhanças do mundo, ver o mundo pelos olhos deles. A redescobrir a alegria das coisas pequenas: brincar na areia, o gosto do sorvete, a agua gelada no pé, o carinho em um animal… A brincar, como se não houvesse amanhã, a imaginar, a criar…
É por isso que amo viajar em família! Nesses momentos conseguimos estar mais unidos, e tenho mais tempo pra ver tudo com os olhos deles, explorar junto, aprender junto! Não que seja necessário viajar pra viver isso… Vivemos isso um pouco no dia a dia e nos finais de semana. Mas nas viagens esse sentimento é mais longo, mais intenso, nossa cumplicidade aumenta. Até porque o dia a dia é tão corrido com os compromissos profissionais…
Mas acredito, sinceramente, que não é necessário viajar para aproveitar esse sentimento. Se você não pode viajar, por questões financeiras, ou profissionais, ou de saúde, ou porque for… Isso não é o mais importante! O mais importante é se permitir renascer como mãe, e se abrir, para ir se modificando, e aprendendo, e reinventando, e evoluindo. E se permitir ver o mundo com os olhos do seu filho, reaprender a ser criança, a se alegrar com as coisas pequenas, a estar sempre pronta pra tentar, pra arriscar, pra errar e pra acertar.
Aprendendo a olhar o mudo com outros olhos e aprendendo a redescobrir velhos destinos
Pra mim, a maternidade é como uma viagem. A gente estudo o destino, faz roteiro, programa tudo… Mas na hora nem sempre é como a gente planejou, algumas coisas são melhores, muito melhores, outras são piores. De algumas a gente não gosta nem um pouco. Tem surpresas, perrengues, a gente tem que ter flexibilidade, adaptar, pedir ajuda… Nem tudo são flores, tem espinhos também! Mas assim como nas viagens, o saldo da maternidade pra mim é positivo, sempre! Sempre aprendo, me reinvento, me descubro! E simplesmente amo!
Reaprendendo a brincar, a descobrir a explorar! E aprendendo a viajar “slow”
Espero que eu possa continuar aprendendo e crescendo e que a cada dia a maternidade me ajude a continuar me reinventando, e me redescobrindo e me alegrando, e brincando, e imaginando. E que eu continue sonhando, sempre…
Obrigada meus filhos, Maria, Clara e Francisco, por me ajudarem a evoluir nessa jornada!
Feliz Dia das Mães pra todas vocês, que se permitem renascer a cada dia com a maternidade!
Feliz dia das mães, Helen.
Verdade, nossas jornadas são parecidas. Gostei do que você escreveu sobre a maternidade ser parecida com uma viagem, no final, tudo é muito diferente e melhor do que a gente planeja.
Graças a Deus pelo privilégio de sermos mães. =) E olha só que coisa, somente porque vivemos a maternidade é que nos conhecemos. #filhomudatudo
Obrigada Adri! Feliz Dia das Mães pra você também! Muitas bênçãos vieram com a maternidade realmente, e muitos presentes extras! 😉
Que relato emocionante! Fico feliz ao ler histórias tão sensíveis sobre a maternidade. Realmente ser mãe é se reinventar a cada dia. Obrigada por compartilhar sua história 😍
Obrigada Lili!!! É exatamente isso! Se reinventar a cada dia! 😉😊