Nossa viagem de carro para a Serra Gaúcha: as estradas

BR-116 no Trecho de SC

Em janeiro de 2016 fizemos uma viagem de carro do Rio de Janeiro até a Serra Gaucha. No total, rodamos 4.060 quilômetros, sendo a maior parte nos deslocamentos entre as cidades que funcionaram como base, e outra parte com deslocamentos nos locais, durante os passeios.

Já contei também sobre nosso roteiro de carro para a Serra Gaucha e as hospedagens que escolhemos.

Como sempre vejo questionamentos sobre a qualidade das estradas, resolvi escrever um relato sobre nossa experiência nos trechos que percorremos.

De forma geral, com exceção do trecho  que fizemos entre Cambará do Sul e a BR-101, que é uma estrada de chão (e pedras, e buracos), as demais estradas são boas.

Vou apresentar a seguir um resumo das características das estradas que percorremos, trecho a trecho.

Trecho do Rio de Janeiro (RJ) a Sorocaba (SP)

Este trecho tem aproximadamente 530km. Utilizamos o caminho mais tradicional, pela Via Dutra e depois pela Rodovia Castelo Branco e parte da Raposo Tavares. Esse trecho é muito conhecido por nós e tem estradas em ótimas condições, duplicadas, bem sinalizadas, com vários postos de combustível, restaurantes para quase todos os gostos, pedágios e muitos radares.

Trecho de Sorocaba (SP) a Curitiba (PR)

Esse trecho teve aproximadamente 390km. Saindo de Sorocaba pegamos a BR-478 até Registro, quando pegamos a BR-116. Esse trecho é praticamente todo em mão dupla, e passa pela Serra da Macaca, onde a estrada é estreita e bastante sinuosa. É importante estar atento nesse trecho, principalmente por que tem grande fluxo de caminhões. Em compensação a estrada é muito bonita! A partir dai, seguimos pela BR-116 até nosso hotel em Curitiba, que ficava na própria BR (não chegamos a entrar em Curitiba dessa vez).

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Trecho da BR-478 que atravessa a Serra da Macaca.
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Trecho da BR-116 entre Registro e Curitiba

Trecho de Curitiba (PR) a Lages (SC)

Esse trecho totalizou aproximadamente 360km. Optamos por, na ida, fazer o caminho pela BR-116. Logo no primeiro trecho, saindo de Curitiba, algumas partes da estrada estavam em obras de duplicação. Nesse trecho a estrada passa por diversas cidades e bairros, com limite de velocidade bem reduzido, mas o asfalto é bom. Após aproximadamente uma hora de viagem a estrada já fica bem pior: é mão dupla, e o asfalto não é dos melhores, com buracos em alguns lugares, mas nada impossível se mantendo atento e na velocidade de segurança. Tem restaurantes e lanchonetes simples no caminho e postos de gasolina regularmente. Já próximo a Lages a estrada passa por uma Serrinha, nas proximidades de Campo Alto, que tem uma paisagem bem bonita.

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Trecho da BR-116 entre Curitiba e Lages

Trecho de Lages (SC) a Gramado (RS)

Nesse trecho percorremos aproximadamente 300km. Foi mais demorado do que imaginávamos, já que inclui estradas mais estreitas, sinuosas e que atravessam cidades, o que faz com que a velocidade média seja menor. Por outro lado a parte da travessia entre SC e RS é muito bonita, com destaque para o lago da UHE Barra Grande, bem na divisa dos estados. O trecho da travessia do vale do rio das Antas, entre Vacaria e Caxias do Sul, é outro trecho lindo! Na subida desse vale paramos em uma barraca que vendia uvas e queijos, e já começamos a sentir “cheiro de Serra Gaucha“. Paramos pra almoçar no Restaurante Casa Fagundes, em  Caxias do Sul, e demos uma parada pra passear em Nova Petrópolis antes de chegarmos finalmente a Gramado. De forma geral esse trecho tem menos postos e restaurantes na estrada, então é bom não deixar pra abastecer na última hora.

Para saber mais sobre o nosso Passeio em Nova Petrópolis, acesse esse post.

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Trecho da BR-101 na divisa SC/RS, as margens do lago da UHE Barra Grande
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Trecho da BR-116 na travessia do rio das Antas

Trecho de Gramado (RS) a Bento Gonçalves (RS)

Esse trecho teve aproximadamente 100km, fazendo o caminho via Nova Petrópolis, entrando em Bento pelos Caminhos de Pedra, onde ficava nossa pousada. No caminho já paramos na Casa da Erva Mate, na Vitacere Cucas, na Casa da Tapeçaria, almoçamos no Restaurante Nona Ludia e fomos para a Pousada Cantelli, onde ficamos hospedados. A estrada é de mão dupla, mas bem conservada e sinalizada.

Nesse post contamos tudo sobre nosso Roteiro de 2 dias em Bento Gonçalves.

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Trecho entre Gramado e Nova Petrópolis

Trecho de Bento Gonçalves (RS) a Cambará do Sul (RS)

Esse trecho totalizou aproximadamente 190km. Seguimos pela BR-453 até Tainhas, passando por Caxias do Sul, em bom estado. De lá seguimos pela RS-020 até Cambará.

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Trecho da BR-453 entre Caxias do Sul e Tainhas

Trecho de Cambará do Sul (RS) a Bombinhas (SC)

Esse trecho tem aproximadamente 390km. Como na véspera de irmos embora o dia estava muito fechado e não conseguimos conhecer o cânion Itaimbezinho, optamos por sair cedo de Cambará, visitar o Itaimbezinho, e depois seguirmos até a BR-101 pela RS-427 até Praia GrandeSC-450, pela Serra do Faxinal, até São João do Sul. Já sabíamos que a estrada não era das melhores… Mas não imaginávamos o quanto era ruim… Muito ruim… Esburacada, desnivelada, e ainda em obras em vários trechos… Pra piorar quando começamos a descer a serra pegamos bastante neblina e não conseguirmos ver a vista da serra, que dizem ser linda. A viagem até a BR-101 pareceu interminável. No final da serra comemos um café colonial em uma lanchonete simples. Após pegarmos a BR-101 a viagem rendeu bem mais. Asfalto bom, ótima sinalização, estrada duplicada… Rendeu bem… Até chegarmos perto de Florianópolis, onde pegamos um engarrafamento monstro! Horas até sairmos desse trecho. Após a entrada de Bombinhas, idem… Muito engarrafamento até chegarmos a pousada… Auge do verão é complicado nessa região…

Nesse post contamos sobre nossa visita aos Cânions do Sul do Brasil em Cambará do Sul.

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Trecho da RS-427 logo após a saída do Parque Nacional dos Aparados da Serra, com muita neblina
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Trecho em obras da RS-427 na descida da Serra do Faxinal
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BR-101 no trecho entre São João do Sul e Bombinhas

Trecho de Bombinhas (SC) a Sorocaba (SP)

Esse trecho totalizou aproximadamente 640km. Decidimos percorrê-lo de uma vez, saindo cedo de Bombinhas, pegando a BR-101, depois a BR-116 e finalmente a BR-478 , pela Serra da Macaca. Os dois primeiros trechos tem estradas em boas condições, duplicadas, com ótimo asfalto e sinalização. Mas foi um dia cansativo, principalmente porque o último trecho, que atravessa a Serra da Macaca, é bem sinuoso, de mão dupla e com vários caminhões. E já estávamos cansados.

Trecho de Sorocaba (SP) ao Rio de Janeiro (RJ)

Trecho com aproximadamente 530km. Seguimos pela Rodovia Castelo Branco e Via Dutra, conforme descrito no trecho do Rio a Sorocaba.

Veja também:

9 Respostas para “Nossa viagem de carro para a Serra Gaúcha: as estradas”

  1. Muito bom! Tbm amo viajar de carro . Meus filhos já são grandes, mas desde pequenos sempre na estrada. Parabéns pelo blog

  2. […] parar pra visitar o Itaimbezinho, e seguir para Bombinhas via a Serra do Faxinal. Já contei sobre nossa experiência nas estradas durante essa roadtrip e as informações desse trecho também estão […]

  3. […] sobre nosso roteiro de carro para a Serra Gaúcha e neste outro sobre as características das estradas que […]

  4. Obrigada pelo post

    1. Que bom que gostou!!! Espero que volte sempre aqui no Ninho! 😉

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